terça-feira, 30 de outubro de 2012

Para a Santa Ceia





Para a Santa Ceia
Marcos Bayer

Aparentemente foi um ótimo resultado para a cidade de Joinville. Udo Dohler é empresário consolidado na cidade, tem representatividade diplomática em relação aos alemães, ainda que honorária e abraça causas comunitárias.
Para Santa Catarina, um péssimo resultado. Luiz Henrique fortalece sua tese de tríplice aliança, com uma pequena modificação: a inclusão do PT.
Colombo, o governador, assistiu a apuração dos votos na casa de Jorge Bornhausen.
A ministra Ideli Salvati está desesperada por um mandato. Preferencialmente senatorial.
Udo Dohler é o novo dizem os comentaristas políticos catarinenses.
Se o novo tem setenta anos, nunca foi político, é apoiado por LHS e disputa a primeira eleição, já vitoriosa, eu me pergunto: o que é o velho?
Assim, meus caros e baratos eleitores, em 2014, parece que teremos o PT da Dilma/Ideli, o PMDB do LHS/Udo/Eduardo Pinho/Paulo Afonso e o PSD de JKB/Colombo/César Souza, todos juntos e uníssonos em busca do poder.
A política agora é isto: business. A democracia é uma festa de adesão.
O Dário Berger dançou porque estava “comendo” além da cota.
LHS queria duas pernas: uma na Capital e outra na Manchester. E aí, também não podia. Era muita coisa dentro do acordão. Este é o sentido da frase de Colombo: “Procurei ser discreto”. Ou seja, cada um fica com sua fatia...
Os marketeiros são os novos atores. Ganham fortunas de aproximadamente R$ 25 milhões num governo vencedor, sendo que 30% podem ser considerados lucro líquido.
Dizem como pentear os cabelos, quando sorrir ou chorar, e qual a cor da camisa dos candidatos. Sempre encontram uma mulher pobre que chora ou um velho que se emociona. Dizem que mostrar a verdade é baixaria. E dizem até quem deve ou não aparecer nos vídeos que vão ao ar. Os candidatos só têm pré - nome: César, Gean, Ângela, Udo, Elizeu ou Napoleão.
Em 2014 vamos ver na TV, no mesmo programa, a Ideli do PT dizer: “A Dilma merece nosso voto”, o LHS do PMDB dirá: “Dilma e Ideli, duas guerreiras fundamentais”, o Colombo, governador do PSD, dirá: “As pessoas em primeiro lugar”, começando pelo LHS, pelo Eduardo Pinho Moreira, pela Ideli e pela Dilma.
O Paulo Bauer do PSDB, senador, deverá estar ao lado do Aécio Neves. Isolado?
O casal Amin ainda não se sabe para onde irá.
O Paulo Maluf está fechado com o Lula e a Dilma.
Será a campanha do povo contra a classe política.
O Jorge Bornhausen assistirá pela TV e pensará: Deu certo, estamos de novo no poder... Municipal, Estadual e Federal...


terça-feira, 23 de outubro de 2012

Tropicália


A tropicália, a canalha e o fio da navalha...
Marcos Bayer

Nos cinemas do Brasil, a Tropicália, documentário de Marcelo Machado sobre este movimentado estado de espírito que envolveu o país a partir de 1967 com os festivais da canção da TV Record e depois da TV Globo, varando o AI 5 de 13 de dezembro de 1968 e terminando em seguida com o exílio de Caetano Veloso e Gilberto Gil em Londres. Vários fazem parte deste vendaval de criatividade poética, política e musical. Chico Buarque, Tom Zé, Elis Regina, MPB 4, Nara Leão, Quarteto em Cy, Wilson Simonal, Edu Lobo, Gal, Bethania, Marcos e Paulo Sérgio Vale, os Mutantes e muito mais...
Da mesma forma que a música brasileira ampliava, crescia e inovava; na mesma época a política inspirava.
Caetano e Gil aprendiam a falar e a cantar em inglês. O básico para quem queria saber do mundo de então. Rita Lee Jones já sabia. Looking for flying saucers in the Sky. Chico Buarque, em Roma, estudava e preparava seu futuro Calabar.
Crescia a relação e a construção entre a música, a poesia e a política. Havia um clima de conspiração permanente. Quanto mais a ditadura batia, mais o Glauber Rocha berrava. Chico, genialmente, resume a opressão.
Amou daquela vez como se fosse a última. Beijou sua mulher como se fosse a última. E cada filho seu como se fosse o único. E atravessou a rua com seu passo tímido. Subiu a construção como se fosse máquina. Ergueu no patamar quatro paredes sólidas. Tijolo com tijolo num desenho mágico. Seus olhos embotados de cimento e lágrima. Sentou pra descansar como se fosse sábado. Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe. Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago. Dançou e gargalhou como se ouvisse música. E tropeçou no céu como se fosse um bêbado. E flutuou no ar como se fosse um pássaro. E se acabou no chão feito um pacote flácido. Agonizou no meio do passeio público. Morreu na contramão atrapalhando o tráfego...
A Tropicália deixou a semente fértil que gerou Dancing Days e as Frenéticas e foi até Cazuza, o último gênio de uma fase extinta.
Te pego na escola e encho a tua bola com todo o meu amor. Te levo pra festa e texto o teu sexo com ar de professor. Faço promessas malucas, tão curtas quanto um sonho bom. Se eu te escondo a verdade baby, é pra te proteger da solidão. Faz parte do meu show, faz parte do meu show meu amor... Confundo as tuas coxas, com as de outras moças... Te mostro toda a dor, te faço um filho, te dou vida, pra te mostrar quem sou... Vago na lua deserta, das pedras do Arpoador... Digo "alô" ao inimigo, encontro um abrigo no peito do meu traidor...
Faz parte do meu show, faz parte do meu show, meu amor... Invento desculpas, provoco uma briga, digo que não estou... Vivo num clip sem nexo. Um pierrô-retrocesso. Meio bossa nova e rock 'n' roll... Faz parte do meu show. Faz parte do meu show, meu amor...
Não por acaso, aos setenta anos, Gil e Caetano assistem grisalhos ao vento alegre do sul com perfume de rosa azul que foram capazes de soprar e respirar.
Na política, um movimento democrático brasileiro – MDB, tão envolvente quanto a Tropicália, tomou corpo e depois o poder. O que sobrou em Santa Catarina foi o Jaison Barreto, verdade seja dita e homenagem seja rendida...
O caso catarinense, uma desgraça. Primeiro a rigidez e honestidade de Pedro Ivo Campos, enquanto a ponte, em construção, sangrava dinheiro público. Depois o Paulo Afonso, as letras e as comissões. Por último, em dose dupla, Luiz Henrique Silveira e a CELESC x Monreal, a CASAN e os lucros divididos na diretoria, o metro de superfície, a ponte Hercílio Luz restaurada, os mágicos do Marrocos e a mamada publicitária.
Tanta pobreza para quem se dizia íntegro, honesto e democrata. Foram, em maior ou menor grau, cópias precárias do Lula. Não do ponto de vista intelectual. Estavam acima. Mas, do ponto de vista moral. Estavam abaixo.
A cena mais caricata deste MDB que virou PMDB por força legal, é o seu tesoureiro estadual, telefonista de hotel, vereador e cozinheiro frequentando o Clube dos Gourmets, dos ex-adversários. Um laranja, uma testa alaranjada que jogava nos dois lados. Ou nos três, se precisasse...
A esquerda catarinense, afora alguns iluminados, sempre foi muito brega e falso-moralista. Marlene Rica é só um exemplo grotesco. No fundo queriam o conforto da burguesia, um dinheirinho no banco e um pouco do charme de Paris. No começo, quando não tinham grana, compravam via Paraguay.
Se a Tropicália deixou tantos frutos, tanta imagem e cor, poesia e dor, a política da esquerda, por outro lado, no mesmo período, salvo as exceções que sabemos quais, foi só enganação, rancor, adesismo e fraude.
A prova cabal é o resultado destas eleições municipais, nas maiores cidades de Santa Catarina. Vamos eleger uma coleção de jovens cujo preparo intelectual está longe daquilo que Gil cantou:
Se oriente rapaz pela constelação do Cruzeiro do Sul... Considere rapaz a possibilidade de ir ao Japão no cargueiro do Lloyd lavando o porão... Determine rapaz onde vai ser seu curso de pós-graduação...
A esquerda catarinense não foi competente para criar uma escola. Por uma simples razão: Nunca teve mestres na política...

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O PT, o mercado e o STF...



Por Marcos Bayer


    De repente um brasileiro negro, pobre, excluído - um pedaço do Brasil real - mostra sua força interior, seu caráter, supera dificuldades, estuda, trabalha e é selecionado Juiz de Direito. E de lá segue rumo ao Supremo Tribunal Federal. Joaquim Barbosa, didaticamente, mostra como se construiu uma quadrilha que governou e pretendia governar o Brasil por mais alguns anos. Substituindo outras, talvez...   
    Afora as sentenças que virão e, esperam-se, os respectivos cumprimentos, cabem algumas considerações históricas.   
    O mundo vive do lucro e dele se fez. Empreiteiros estão na História tanto quanto insetos na vida diária, desde o Egito antigo, todos sabemos. Por razões diversas, entre elas a descoberta das máquinas e do vapor como matriz energética, nasce com a chamada Revolução Industrial, uma teoria econômica, brilhantemente exposta, por Adam Smith, em sua Uma investigação nas causas e nas conseqüências da riqueza das nações, em 1776.       Em 1789, na França, Paris é palco do nascimento do Estado moderno, com a divisão dos poderes monárquicos em três esferas, garantindo o inicio de um equilíbrio na vida social.        Karl Marx, em 1848, de forma genial escreve seu O Capital e mostra os riscos da acumulação, da propriedade privada, de uma classe dominante e de uma eterna escravidão operária sempre disfarçada de alegóricas garantias trabalhistas.   
    Em 1917, fez-se na Rússia a Revolução Soviética, primeira experiência fática comunista
entre os homens. Afora as mortes por causas desconhecidas, a supressão das liberdades individuais e as opiniões silenciosas, fez-se lá algum progresso material, especialmente porque distribuído. O Ocidente levou um susto... Havia uma alternativa ao capitalismo puro.
    Em 1929, com a crise da Bolsa de Valores em Wall Street, o inglês John Maynard Keynes apresenta seus estudos à esposa do governador de Nova York, senhora Eleanor. Franklin Delano Roosevelt toma o embrião da Teoria Geral do Emprego, Juro e da Moeda aplica sob a forma do New Deal e tira os EEUU da bancarrota. Vem a segunda guerra mundial, a bomba atômica e grande arrancada industrial norte-americana.
   
    Na divisão do mundo em 1945, quando da fundação da ONU, em São Francisco da Califórnia, criou-se a Cortina de Ferro. Ela começava dentro de Berlin e terminava em
qualquer ponto do planeta.    Em 1949, o Chairman Mao Tsé Tung, toma o poder na China e implanta o comunismo dele.
    Quando Fidel Castro, em 1959, toma o poder na Ilha de Cuba, junto com Che Guevara, passa a ser observado internacionalmente pela ousadia, pela capacidade revolucionária e pela tentativa de implantar um comunismo diferente do soviético. Um comunismo caribenho.
    Foi muito difícil aos Estados Unidos engolir Fidel Castro. Mas, ele tinha duas grandes
referencias: a URSS e a China.
    A Guerra Fria instalada, o mundo bipolar, a corrida para o espaço. Kennedy disse que
em menos de dez anos iria até a Lua. E foi em 1969. Os russos já haviam dado a volta na órbita da Terra, com o Sputnik, em 1957.    Na Europa reconstruída da guerra pelo Plano Marshall, em 1957, em Roma, organiza-se o embrião da Comunidade Econômica Europeia - CEE, formada pela Itália, França, Alemanha e o chamado Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo).    Metade da Europa capitalista. Outra metade comunista. Entre as duas partes, especialmente na Escandinávia (Noruega, Suécia, Dinamarca, Finlândia) observa-se a construção de uma social democracia que mistura conceitos de Smith, Marx e Keynes.
    O Reino Unido, a Alemanha, a Áustria e a Suíça interessaram-se pela ideia. Olof Palm
talvez tenha sido o expoente deste novo cenário na humanidade. Mais tarde, a partir de 1986, Portugal, Espanha e Grécia vão à busca do welfare fare state.
    Em 1989, em novembro, em Berlin, cai o muro que divide a nação. A URSS se esfarela. O mercado se aproveita destes fatos de decreta: Agora somos nós. Só nós podemos regular a economia e só nós sabemos produzir com eficiência.
    Money and Liberty é a nova ordem... Vamos falar um pouco de meio ambiente e ecologia porque são temas que rendem bons dividendos e proporcionam bons negócios.
    Neste mesmo ano, aqui no Brasil, 1989, disputam as eleições presidenciais Fernando
Collor e Luís Inácio da Silva.
    Ele disputa mais três eleições. Em 2002, ganha a presidência. Recebe chorando seu primeiro diploma, o de presidente. Cria um sistema de crédito, em conjunto com os bancos, com extrema capilaridade. Residências e automóveis são adquiridos em prazos largos. Cria programas assistenciais na alimentação, na educação e na saúde.    Muda a posição material de inúmeros brasileiros. Toma-se litrão de Coca-Cola como nunca antes neste país. Da mesma forma a viagem de avião, os cruzeiros marítimos e
outros.
    A classe política dominante do PT - Partido dos Trabalhadores, diz o julgamento do Supremo Tribunal Federal na ação penal 470, é constituída de formadores de quadrilhas, lavadores de dinheiro público e compradores de suporte político.
    As ministras do PT, só para registrar, tem o rosto parecido com o orçamento emendado. A Marta, em particular.
    O Lula foi aos jardins da casa do Maluf. Se um ex-presidente visita um procurado pela
Interpol, devem ter algo em comum... Não é ética política...
    O que é muito interessante é que o PT se comportou exatamente como o mercado.

    Quando pode disse: Money and Liberty...

Florada dos garapuvus






Por Marcos Bayer & Sérgio Rubim    

É muito fácil falar do homem, suas vontades, suas necessidades e a escassez.

    Desde o começo sabíamos que não haveria tudo para todos. Tanto do ponto de vista religioso, da Igreja Católica Romana, quando expulsou Adão e Eva do Paraíso, acabando com a aposentadoria vitalícia, a inamovibilidade e a irredutibilidade de vencimentos. Nas outras áreas e civilizações, a noção de fartura/escassez sempre esteve presente. Também, importante salientar que a ideia de fartura e felicidade está associada com a ideia de quantidade material. E entre uma reflexão filosófica e uma percepção budista vivemos para acumular e suprir nossas necessidades. Quando sobra, nossas vontades.    Com o advento da Revolução Industrial imaginou-se a produção total e ilimitada, fornecendo tudo a todos. Com esta possibilidade teórica, surgem Adam Smith, Karl Marx, John Maynard Keynes e outros que aprofundam a discussão entre livre mercado e economia planejada. Entre capitalismo, socialismo e social democracia.
    A direita representou os interesses de quem tinha e queria mais. A esquerda, por sua vez, os interesses de quem não tinha e precisava de mais. No melhor estilo Robin Hood, tirar dos que tinham e dar aos que não tinham, sempre foi tarefa heroica, generosa e romântica.
    A esquerda foi assim, impregnada de heróis generosos e românticos...
    A classe artística, porque menos abastada, em geral, sempre esteve mais na esquerda. Na direita, a classe produtiva. Os donos do capital que pagam salários baixos para os que fazem as coisas. A mais valia.
    Num simples dizer: A esquerda era mais autônoma, produzia sobre o talento pessoal. A direita, organizava os talentos, pagava os custos e produzia de forma coletiva: carros, roupas, manteiga, ventiladores ou telefones.
    Picasso dava as pinceladas geniais de Guernica, uma obra da esquerda.
    O general Franco fez a guerra, uma obra da direita.
    O gênio humano foi a esquerda. A construção humana, a direita...
    
    Nesta aventura maravilhosa, a vida, cada um de nós procura sua vocação. Somos induzidos à segurança aposentadorias irredutíveis.
    No caso brasileiro, com a constituição de 1988, concursos públicos existem para o provimento de cargos e funções, garantindo aos exitosos a tranquilidade da fartura material.
   Outros preferem o risco da atividade privada, suas recompensas e o reconhecimento público da obra realizada.
    Até aí tudo muito justo, certo e aceitável. Existem as regras e as pessoas se posicionam como querem diante delas.
    O que ainda é difícil de aceitar, no caso brasileiro, é esta mistura entre o público e o privado. Onde a classe política faz negócios com o Poder Público sugando o dinheiro de todos para beneficiar alguns.
    Gostaríamos de oferecer o exemplo do novo prédio do Tribunal de Contas, o chamado Palácio de Cristal, como exemplo didático.
    Enquanto prefeitos e administradores públicos subordinados são scanneados na busca de irregularidades ou fraudes, outros são protegidos pela mesma corte de contas.
    Neste exato momento em que se organiza a disputa política em Florianópolis, numa batalha entre Jorge Konder Bornhausen e seu ex-afilhado Dário Berger, nos bons tempos do PFL, temos o TCE como parte.
    César, o representante dos Bornhausen, foi um pequeno mecenas estadual. Liberou dinheiro para vários “atores” culturais e em cima disto fez-se candidato. Gean, representante do Dário, assinou documento que circula dentro do TCE afirmando que o contrato do show do Andrea Bocelli, que não houve, foi cumprido integralmente. Ora, temos então dois mecenas: O que libera a verba pública e o que afirma que a verba foi gasta na forma contratual, mesmo sem o espetáculo.
    Não sabemos se o TCE tomará posição antes da eleição. Não sabemos se o TCE é público ou privado ou se político ou técnico.
    Nós, Sérgio Rubim e eu, ambos jornalistas, ele sacrificado na carreira, eu distante dela porque o salário mal pagaria a vida que pretendi ter, oferecemos a dúvida que nos toca aos membros do Tribunal de Contas. Podem usá-la em congressos, teses, simpósios e outros. Aqui e no exterior.
    Se vendêssemos opinião, poderíamos trabalhar numa estatal dessas, no próprio TCE, ganhar uns R$ 15 ou 20 mil por mês e dar notícias “furadas” ou de acordo com a vontade do patrão. Não é o nosso caso.
    Temos opinião, gostamos da liberdade, trabalhamos pela verdade possível e até sentimos suave prazer quando conseguimos “estourar” alguma maracutaia contra o interesse público.
    No momento em que a primavera explode em flores, em que os garapuvus surgem amarelos nos morros da Ilha, deixamos esta reflexão aos eleitores.
    
    Quem deve governar a cidade?

    Ao final, pergunto: - Canga é isto? Que vengam lós próximos toros, lós paños están rojos...
    E o Canga responde: - Marcos, los toros no ven el color... Lo rojo és para los ojos de los hombres, para que el circo sea mejor...

terça-feira, 9 de outubro de 2012

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

from the eye




From the eye

Olhem para o horizonte
Lindo, linear e limítrofe
Inerte
Neutro
Definitivo
Azul