terça-feira, 27 de dezembro de 2011
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
holding back the years
Holding back the years
Thinking of the fear I've had so long
When somebody hears
Listen to the fear that's gone
Strangled by the wishes of Pater
Hoping for the arms of Mater
Get to meet her sooner or later
I'll keep holding on
I'll keep holding on
Holding back the years
Chance for me escape from all I've known
Holding back the tears
Cause nothing here has grown
I've wasted all my tears
Wasted all those years
And nothing had the chance to be good
Nothing ever could
I'll keep holding on
I'll keep holding on
I'll keep holding on
I'll keep holding on
That's all I have today
That's all I have to say
domingo, 25 de dezembro de 2011
Through the sky
sábado, 24 de dezembro de 2011
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
A Vida Eterna
A vida eterna
Marcos Bayer
E fez-se o mundo sem que saibamos, ainda, como e por que. Fez-se...
Na escala da evolução, num determinado momento, o macaco e a macaca, ambos protegendo seus pequenos herdeiros, nossos ancestrais, defrontaram-se com a morte de algum dos membros daquela família. Qualquer que tenha sido a reação imediata, fosse ela a tentativa de reanimar ou o ato de ignorar, alguma sensação ficou gravada em suas mentes.
E nas gerações sucessivas, do homo erectus ao homo sapiens, todas as incógnitas ficaram gravadas. Como ficaram gravadas todas as percepções experimentadas pelo mecanismo cognitivo, o cérebro humano.
Todos nós temos milhares de ancestrais. Quanto mais conseguimos subir numa árvore genealógica, mais pessoas são identificadas. É tão óbvio quanto desnecessário dizer.
Mas, o que importa é que cada um de nós traz em si, um pedaço da Humanidade. Na transmissão genética ocorre a informação biológica, as características físicas, o timbre da voz e todas, absolutamente todas as impressões/sensações cerebrais dos nossos antepassados. A mente humana é este depósito de percepções vividas através séculos. Usando a metáfora de um amigo médico, é como se a cada novo computador que comprássemos, transferíssemos para ele o conteúdo do anterior.
Este é o sentido da evolução. Por isto o homem do século 21 é capaz de construir artefatos mais elaborados do que o homem do século 17, por exemplo.
Mas, e os chamados gênios de cada tempo? De Sócrates até Da Vinci. De Van Gogh até Charles Chaplin? De Einstein até Ernest Hemingway?
Isadora Duncan, Camile Claudel ou Hannah Arendt são referências por quê?
Alguns pelo exercício da lógica, outros pela obediência à compulsão, talvez pela observação ou mesmo pela total abstração. O que importa neste argumento é que cada um tem dentro de si pedaços da História. Fragmentos de inúmeras vidas. Todas elas depositadas e às vezes adormecidas em nossos cérebros.
Esta é uma das dimensões da vida eterna. Isto nos faz mais complexos do que já fomos. Isto nos permite viver infinitamente. É a isto que todas as religiões chamam de espírito. As centelhas do tempo gravadas na memória do Homem... Indelevelmente...
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
domingo, 18 de dezembro de 2011
sábado, 17 de dezembro de 2011
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
domingo, 11 de dezembro de 2011
sábado, 10 de dezembro de 2011
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
domingo, 4 de dezembro de 2011
Faceless
The lonely change
Marcos Bayer
Alguns estudos falam que temos 850 milhões de pessoas desempregadas pelo mundo. Sabendo que somos sete bilhões de habitantes, excluindo as crianças que não trabalham e os aposentados, é provável que a relação seja de um desempregado para cada quatro empregados. Então, um quinto da humanidade estaria sem emprego formal. Várias são as explicações presumidas. Da robotização nos processos industriais ao uso intensivo da Internet nas diversas relações laborais que aumenta a rapidez da troca de informações até a demissão de trabalhadores que se tornam obsoletos pela incorporação tecnológica.
É uma mudança silenciosa. Na medida em que as oportunidades ficam escassas, os que trabalham sabem que perderão conquistas universais, não importa a região do mundo onde vivem. Concomitantemente, ocorre o alargamento dos anos de trabalho para obtenção de aposentadoria. A Europa nos mostra diariamente a situação.
Porém, a questão transcende ao aspecto trabalho, renda, consumo e produção - que é o princípio básico da proposição econômica de Keynes.
A sociedade informatizada que oferece a possibilidade de emissão de passagens aéreas à compra de livros, sem intermediários, cria seu novo homem.
Destruiu o pequeno jornaleiro que gritava: Extra, extra: Novas vagas na indústria – e criou uma rede interminável de blogs e congêneres na rede mundial dos computadores.
Mas, ainda não é este o ponto principal. O que não nos damos conta é do mundo silencioso que estamos construindo. Um mundo sem fala, sem tato e sem reunião.
A sociedade atual é totalmente dependente desta nova tecnologia. Do controle dos estoques ao acompanhamento processual judicial.
Relações amorosas antes permeadas por carícias físicas, pelo som da voz, por expressões faciais, sorrisos e gargalhadas, choros ou lágrimas, são substituídas por ícones gráficos das redes sociais que traduzem o sentimento humano numa nova e simbolizada linguagem. Um sânscrito glacial e sem alma.
Este novo mundo, sem humanidade e sem contato físico, esteriliza as pessoas e as faz mais solitárias do que nunca. A riqueza de uma conversa, de um olhar ou de um sorriso, foi substituída, inexoravelmente, por uma lista de “favoritos”, presumo que sempre no canto superior direito da tela do computador, onde a condição humana é relegada à frieza de todas as ausências. Estamos interagindo com a solidão. A nova “amiga” do mundo digital. Faceless.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
sábado, 26 de novembro de 2011
terça-feira, 15 de novembro de 2011
domingo, 13 de novembro de 2011
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
sábado, 22 de outubro de 2011
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
terça-feira, 18 de outubro de 2011
black make up
Sem maquiagem
Para os que gostam de conversar, pelo interesse na conversa, pode ser sem maquiagem. A maquiagem ajuda, enfeita e pode aumentar atração e o interesse. Mas, o que sustenta a convivência é a conversa.
Assim também em relação às cidades e seus bairros. Em determinadas épocas bastavam às conversas entre amigos, o encontro diário, a praia, a música e o cinema. E os relacionamentos mais fraternos e verdadeiros é que carregavam comentários e malícias na proporção dos fatos. A vida passava sem maquiagem. De cara lavada.
De repente, fruto da transformação social, da incorporação do ideal estético-sexo-olímpico-neon surge uma maquiagem total, pintando como saíra das sete cores, a alma intocável pela pasta multicolorida. Mulheres estressadas, mantidas na aparência triste da festa interminável da aceitação. Da mesma forma, pretendentes solitários e bem vestidos, entorpecidos nos limites de suas dores. Perdidos entre artefatos complexos, quase todos etiquetados por grifes mundiais, desenhados em Milão e produzidos na China. E assim, iludidos passageiramente, tanto quanto duram as fantasias, caminham cegos, com os olhos bem abertos, em direção ao breve anonimato consentido. Esquecem que só o talento, seja ele qual for, pode eternizar o homem.
Assim acontece com as cidades. As que são eternas, entre elas Roma, Paris ou Brasília, o são e serão porque conseguem conservar aquilo que os arquitetos chamam de identidade.
Podem ser cidades pequenas, como várias na costa mediterrânea, nos campos da Toscana ou em algumas ilhas do Caribe. Pode ser na costa do Uruguai.
A Ilha, grande Florianópolis que um dia amparou distintos pontos, desde lagoas e praias, chácaras e bosques, cede às forças da expansão, vende seus espaços em metros quadrados de concreto e aço, aceita em sua face pastas e pós coloridos tão intensos quanto à solidão dos que transitam em suas ruas, incógnitos e extasiados com a possibilidade de habitarem numa cidade que já não consegue mais viver de cara lavada... Há muito o que esconder.
domingo, 16 de outubro de 2011
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Rain Dancer by John Klemmer
Spinoza, o espírito e o homem...
Marcos Bayer
A ordem de entrada não deveria ser esta, afinal Spinoza viria depois do espírito e do homem. Mas, como a referência é ele, entra em primeiro lugar. Genial pensador de origem familiar cantábrica, da cidade de Spinoza, na cordilheira norte da Espanha, que passou por Portugal, pela França e alojou-se em Amsterdã, então centro cultural europeu. Incompreensões religiosas motivaram a caminhada desta família de judeus, que atravessou geograficamente o catolicismo e dele foi banido, para numa Holanda em franca expansão comercial, poder nascer Baruch Spinoza (1632-1677), brilhante aluno de uma escola revolucionária para sua época, a Árvore da Vida.
Cabe lembrar que à época havia uma luta religiosa na Europa onde o embate envolvia o catolicismo e seus reformadores Lutero e Calvino já manifestados, um século antes, com judaísmo e outras religiões conhecidas pelos estudiosos e navegantes. Inclusive a bruxaria. De qualquer forma, hoje, acredito a profusão delas á ainda maior. Desde aquelas do Oriente milenar até as que estão nos canais de televisão das madrugas pagãs.
Quando os primatas, suponho, perceberam seus medos em relação ao desconhecido, à dor, à morte e aos resultados objetivos do amanhã, devem ter iniciado a conversa com os espíritos.
De onde eles tiraram esta ideia não sabemos, mas tudo começou por lá. Nos ventos, no sol, nas estrelas e na escuridão, encontraram entidades extra-humanas, e então, começou este infindável diálogo que acompanha a humanidade.
Diante da impossibilidade de saber como é do outro lado, supondo que haja outro lado, Spinoza conseguiu resumir a longa discussão existencial com simples palavras: Deus e Natureza eram dois nomes para a mesma realidade, a saber, a única substância em que consiste o universo e do qual todas as entidades menores constituem modalidades ou modificações. E que pensamento e matéria são apenas dois atributos conhecidos por nós, dentre infinitos outros...
Portanto, qualquer hipótese, além disto, é especulação, por enquanto. Ou fé.
E aí cabe uma pergunta que a ciência poderá responder: A menor partícula da matéria, a mais profunda cisão do átomo, tenha o nome que tiver, poderá ser a primeira parte do pensamento?
O que é um megabyte?