sábado, 28 de janeiro de 2012

Ave Maria...


A ausente

Vinicius de Moraes

Amiga, infinitamente amiga

Em algum lugar teu coração bate por mim

Em algum lugar teus olhos se fecham à idéia dos meus...

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Por causa do amor...







Por causa do amor

Marcos Bayer

Para todos os brasileiros, de todos os naipes, Nelson Pereira dos Santos reuniu e colocou à mostra, fragmentos da vida de um gênio musical. Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim é a síntese do que houve de melhor no Brasil. Inteligente, sensível, competente e genial. Sua música ganhou o mundo. Não teve a popularidade de um conjunto de rock exatamente porque ele fez música no mais sofisticado significado dela.

As cenas do filme nos remetem ao tempo em que o país, apesar da condenável ditadura militar, produzia gente criativa e universal. Tom Jobim é um destes santos e loucos dos anos dourados. Santo porque iluminado. E louco porque sabia colocar em prática a bendita loucura que sopra na mente dos raros.

Chovendo na roseira”, dedilhada no piano e acompanhada pela orquestra, é uma obra-prima. Um marco na história da música.

Foi o homem, fica a obra.

Mas, a tristeza é saber, ao sair do cinema, que somos governados e dirigidos por uma ralé safada, ladra e brega que nada carrega no peito além de um coração que bate indeciso entre a vergonha e a insensibilidade.

Uma ralé sem nenhuma sofisticação moral, política ou poética. Uma ralé de merda que engana diariamente os brasileiros. Falta-lhe, à ralé, a capacidade de amar seu povo, seus irmãos.

Todas as revoluções, absolutamente todas, pessoais ou coletivas, só foram bem sucedidas por causa do amor.

Aquele que está escrito em Coríntios, cap. 13, ver. 13: Entre a fé, a esperança e amor; sempre o amor.

Uma das canções mais populares do século 20, sabemos todos, do Tom Jobim e Vinicius de Moraes, termina exatamente assim:

Ah se ela soubesse

Que quando ela passa

O mundo inteirinho se enche de graça

E fica mais lindo

Por causa do amor...

Por causa do amor...

sábado, 21 de janeiro de 2012

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Jair Francisco Hamms


Um grande homem, sob todos os aspectos...

Fizemos juntos sua última volta de ônibus. No amarelinho.

Saindo da Lindacap, descendo a pé Felipe Schmidt, até alcançar o ponto de embarque.

No caminho, ele disse: Marcos se tu conheceres mais de cinco pessoas, ganhas um prêmio. Eu reconheci quatro. Era uma sexta-feira ensolarada.

Talvez em Outubro, plena primavera. Do centro fomos até o trevo do Campeche.

Ali, ele desceu para encontrar sua mulher que o esperava no carro.

Eu voltei para a cidade. Senti que era uma despedida.

Ele havia ajudado a sepultar meu pai, em 1971, em Tijucas.

Eu lhe devia, com toda a gratidão, a companhia da última volta.

Seu discurso de posse na ACL é uma das mais lindas e vivas peças da literatura catarinense.

Era a criança aprendendo a conhecer as palavras...




summertime


sábado, 7 de janeiro de 2012

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012