sábado, 26 de janeiro de 2013

Nest of Cats





Nest of Cats
Marcos Bayer

Ninho de gatos é o espaço físico onde cabem todos os felinos recém-paridos e mais alguns, se necessário. Assim está a política catarinense, um ninho de gatos, talvez um balaio deles.
Em 2014 temos possíveis composições, já especuladas, entre PMDB – PSD – PSDB ou PT e ou PP.
Se a Dilma presidente mantiver os níveis de aprovação popular, aqui em Santa Catarina terá o apoio do PMDB, do PSD (criado para apoiar o PT), talvez do PP e outros menudos. O PT indica o candidato ao Senado e entra neste grupo, conforme já declarou LHS, tendo em vista as semelhanças que existem entre estes partidos. Especialmente as identidades, agora comprovadas na Ação Penal 470 do STF, entre PSD e PT. Não se pode mais dizer que estes partidos são opostos e divergentes em relação ao manuseio do dinheiro público.
O José Dirceu é tão semelhante ao José Agripino Maia quanto são dois angorás brancos.
Na outra ponta é possível que o PSDB corra em palanque próprio para dar voz ao FHC/Aécio Neves. Neste caso, a vaga ao Senado Federal nesta chapa para ser uma “blue chip”, como se diz no mercado acionário. Quem nela estiver corre contra a Ideli Salvatti. E sendo um candidato/a sólido, leva a cadeira senatorial.
Bom lembrar que esta geleia geral barriga-verde tem origem na liderança de Esperidião Amin. Eleito governador em 1982, apoiou o movimento das eleições diretas, armando o palanque em SC, aproximou-se de Jaison Barreto e Leonel Brizola em 1985, perdeu em 1986, ganhou em 1988 (PMF) e 1990 (Senado) e ganhou novamente em 1996 (Ângela Amin na PMF) e 1998 (Governo Estadual). Tornou-se uma ameaça para os dois lados do forte bipartidarismo local. Ganhou em 2000 (Ângela Amin na PMF). Perdeu sua própria sucessão em 2002. Perderam em 2004. Em 2006 perdeu para os dois lados então unidos, PMDB e PFL. Perdeu em 2010 da mesma forma, com Ângela Amin, mas elegeu-se deputado federal.
Seu partido, afora algumas traições, foi buscar abrigo no lado de lá...
A primeira conclusão é que as forças políticas não admitem uma liderança isolada e “fechada”. Querem o consórcio do poder, como agora.
Para finalizar um pequeno comentário sobre a PMF, a FLORAM  e a Ponta do Coral.
Depois do choque que a cidade viveu, ao saber da indicação do ex-desembargador Volnei Ivo Carlin, membro de um escritório da advocacia especializado em direito ambiental que presta serviços a empresa interessada na obra, surge a hipótese de que o prefeito não quer a obra pretendida. Primeiro, porque ela será o negócio da década, algo em torno de R$ 340 milhões de reais. Segundo, porque o magistrado sabe que a competência para aterrar ou autorizar aterro é a União. E os acréscimos assim chamados, são propriedade da União ou do Estado, desde que para construção ou uso público. E todos sabem que no caso pretendido, um aterro de 35 mil m2, que somados aos 15 mil m2 atuais, serão para viabilizar o hotel. Mesmo que na área aterrada sejam construídas praças, vias de acesso e outras. O aterro só tem uma finalidade: Dar valor pecuniário ao terreno como está. Simultaneamente, viabilizar o empreendimento.
Seria como dar a cada cidadão que mora à beira d’água o direito de aterrar, para expandir sua propriedade e construir uma pousadinha de verão.
Um escritório de advocacia competente na matéria ambiental, um magistrado experiente e um cego, conseguem ver o significado da pretensão sobre a Ponta do Coral.
E com a nomeação do candidato derrotado nas eleições municipais para a FATMA, indicação patrocinada pelo vice-governador, as licenças ambientais deverão ser mais rigorosas. Tanto quanto serão na FLORAM.





quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O preço de um sonho


O preço de um sonho




Marcos Bayer

Todo político quando chega num determinado patamar da carreira começa a sonhar com o governo estadual. Ser governador é uma possibilidade presente. Este é o momento em que vive o senador Paulo Bauer, deputado estadual, federal e vice-governador.
De um lado a candidatura de Dilma Rousseff pelo PT, apoiada em Santa Catarina, pelo PMDB de LHS e amigos, pelo PSD de Colombo e associados e talvez pelo PP de todos.
Montar o palanque do PSDB de Aécio Neves é dever do senador Paulo Bauer. Mesmo com o partido “pendurado” na polialiança, usufruindo dos benefícios dos cargos e salários e aprendendo a gerir a máquina do governo em dois anos, o PSBD catarinense terá que mostrar a sua cara.
Sozinho, Paulo Bauer não vai longe. Mas, se convidar político com densidade estadual, igual ou maior do que a sua, para a única vaga ao Senado Federal, a balança começa a inclinar.
O PSDB catarinense precisa encarar uma eleição para saber o seu tamanho. Saber se é satélite ou espaçonave. E a oportunidade é agora. Ele está na metade do mandato de senador, pode testar sua organização partidária, terá o apoio do jovem Aécio Neves e do ex-presidente FHC.
Com uma chapa forte, o PSDB pode construir uma alternativa ao “monopartidarismo” instalado no governo estadual e devolver aos catarinenses a saudável possibilidade da escolha.
Já que ele vai ter que disputar, que dispute com chances de vencer. E para vencer precisará de uma forte candidatura ao Senado Federal na sua chapa.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

B. B. King






http://youtu.be/xVxCtt3s_1M