Rodeio
Marcos Bayer
Rodeio porque roda, tudo roda sem parar. Roda o vento, roda o tempo, roda a vida sem cessar. Tudo roda desde o começo até o final, sem mudar. Ciclo eterno, ciclo vivo, ciclo e agora reciclar.
Houve um momento, não importa quando, que nossos antepassados sentiram necessidade de conversar. A comunicação gestual e gutural deu lugar ao falar. Inventamos a língua e a linguagem, a escrita inclusive, em algum lugar do crescente fértil, milênios antes da Grécia pré-cristã.
Antecede a este momento, a linguagem escrita, a invenção dos deuses. Precisávamos deles para agradecer ou blasfemar. Ou a boa colheita ou a má sorte em qualquer sentido. Aos deuses chamamos depois, já na Grécia, de Theos.
Theos é vida, essencialmente vida. Entusiasmo, o sentimento que nos movimenta, que nos dá a capacidade de criação, de vivacidade, de procura e força, tem um significado simples: Em + Theos + Mos = com deus dentro. Entusiasmado é aquele que possui Deus dentro de si.
Como Deus era vento, sol, seca, maré ou qualquer outra manifestação da Natureza, Deus era a força interna também.
Na evolução pós Grécia, marco da civilização ocidental, todos os conceitos basilares refletiam Deus e sua ausência. Eros e Tanatos ou vida e morte.
A morte é a ausência de Deus, de entusiasmo.
Quando se escreveu phalo e dele derivou fascínio, mais uma vez, deu-se ao masculino a capacidade de procriar, reproduzir a espécie, formar a humanidade. Obviamente com a participação da mulher que em alguns momentos foi matriarca.
É possível que em algum momento não tenha havido a necessidade da separação formal entre masculino e feminino, como em algumas línguas modernas assim se confirma.
O que importa, e é tudo, é que o entusiasmo define os caminhos do homem.
Nele, no entusiasmo, consubstancia-se Deus: a força geradora, criadora, inventora.
A força que formula as sementes daquilo que serão as frutas, os peixes, aves, animais, flores e tudo que compõem a Natureza.
O mesmo entusiasmo que dá ao homem a capacidade de inventar a roda, a caravela, a máquina a vapor, a luz elétrica, o rádio, o avião ou o computador.
Em + Theos + Mos. O Deus dentro de mim.
O amor pode ser o encontro de dois entusiasmos que assim permanecem pelo tempo que lhes é permitido permanecer.
A política é entusiasmo coletivo pela organização da comunidade.
O esporte, no caso brasileiro, o futebol é o entusiasmo das diversas bandeiras.
A vida, em cada minuto, até o último sopro é a manifestação do entusiasmo de cada um de nós.
Por isto, Rodeio. Porque tudo roda sem parar...
Houve um momento, não importa quando, que nossos antepassados sentiram necessidade de conversar. A comunicação gestual e gutural deu lugar ao falar. Inventamos a língua e a linguagem, a escrita inclusive, em algum lugar do crescente fértil, milênios antes da Grécia pré-cristã.
Antecede a este momento, a linguagem escrita, a invenção dos deuses. Precisávamos deles para agradecer ou blasfemar. Ou a boa colheita ou a má sorte em qualquer sentido. Aos deuses chamamos depois, já na Grécia, de Theos.
Theos é vida, essencialmente vida. Entusiasmo, o sentimento que nos movimenta, que nos dá a capacidade de criação, de vivacidade, de procura e força, tem um significado simples: Em + Theos + Mos = com deus dentro. Entusiasmado é aquele que possui Deus dentro de si.
Como Deus era vento, sol, seca, maré ou qualquer outra manifestação da Natureza, Deus era a força interna também.
Na evolução pós Grécia, marco da civilização ocidental, todos os conceitos basilares refletiam Deus e sua ausência. Eros e Tanatos ou vida e morte.
A morte é a ausência de Deus, de entusiasmo.
Quando se escreveu phalo e dele derivou fascínio, mais uma vez, deu-se ao masculino a capacidade de procriar, reproduzir a espécie, formar a humanidade. Obviamente com a participação da mulher que em alguns momentos foi matriarca.
É possível que em algum momento não tenha havido a necessidade da separação formal entre masculino e feminino, como em algumas línguas modernas assim se confirma.
O que importa, e é tudo, é que o entusiasmo define os caminhos do homem.
Nele, no entusiasmo, consubstancia-se Deus: a força geradora, criadora, inventora.
A força que formula as sementes daquilo que serão as frutas, os peixes, aves, animais, flores e tudo que compõem a Natureza.
O mesmo entusiasmo que dá ao homem a capacidade de inventar a roda, a caravela, a máquina a vapor, a luz elétrica, o rádio, o avião ou o computador.
Em + Theos + Mos. O Deus dentro de mim.
O amor pode ser o encontro de dois entusiasmos que assim permanecem pelo tempo que lhes é permitido permanecer.
A política é entusiasmo coletivo pela organização da comunidade.
O esporte, no caso brasileiro, o futebol é o entusiasmo das diversas bandeiras.
A vida, em cada minuto, até o último sopro é a manifestação do entusiasmo de cada um de nós.
Por isto, Rodeio. Porque tudo roda sem parar...