terça-feira, 15 de março de 2016

Coxinhas e Acarajés




Coxinhas e Acarajés...
Marcos Bayer



Há algo de podre no Reino da Dinamarca disse Hamlet pela mão de Shakespeare. Diante dos fatos não há o que fazer senão aceitá-los. Foram três milhões de brasileiros para as ruas. Os organizadores falam em seis milhões e o Data Folha computará outro número. Pouco importa. Foi um show de civismo e brasilidade. Fora com todos os políticos corruptos de todos os naipes, disseram os brasileiros.
Ninguém agüenta mais esta discussão babaca entre coxinhas e acarajés. Entre o PT e o PSDB. O povo mandou ambos às favas. E deu vaias em São Paulo aos amigos e convidados do governador Alckmin que garantiu a ordem pública para a manifestação livre e democrática.
Chega de papo furado entre coxinhas e acarajés. Ora bolas...
Os brasileiros disseram sim ao Juiz Moro, bravo cidadão e jovem guerreiro. Os brasileiros disseram: Saia Dilma e pediram cadeia para o grande Brahma, o mais honesto dos brasileiros, nosso ex-presidente Lulla da Sillva.
O povo disse, passeando no domingo 13 de Março de 2016: Queremos democracia, honestidade e chega de políticos ladrões de todos os quadrantes, de todos os recantos, de todos os tipos.
O Brasil é maior e melhor do que a canalha que nos governa no executivo e no legislativo. Salvo as exceções, honrosas, que sempre existirão.
Ao STF – Supremo Tribunal Federal foi dito: Atenção, mais atenção!
Florianópolis colocou 80.000 mil pessoas entre a Rodoviária e a sede da Polícia Federal. Parabéns aos relevantes serviços dessa moçada que faz inveja ao FBI.
Aos excessos, havendo, cabe recurso às instâncias superiores, diz a Lei.
O PMDB é o PFL de hoje. Abandonará o governo central. Os ratos sempre fogem aos naufrágios.
Parabéns Pátria Amada! Parabéns brasileiros enganados pela corja que sempre nos engambela.
Marquem novas eleições presidenciais. Queremos votar.
Horácio: Se o teu espírito rejeita alguma coisa, obedece-lhe; eu evitarei que venham para cá, dizendo que não estás disposto.”
Hamlet: De modo algum; nós desafiamos o agouro; há uma providência especial na queda de um pardal. Se tiver que ser agora, não está para vir; se não estiver para vir, será agora; e se não for agora, mesmo assim virá. O estar pronto é tudo: se ninguém conhece aquilo que aqui deixa, que importa deixá-lo um pouco antes? Seja o que for!”
A Dinamarca está hoje no Brasil, inteiro!
Gente é para brilhar e não para morrer de fome, canta Caetano Veloso.
Chega de corrupção. Chega de assalto ao Tesouro Nacional.
Viramos mais uma página da História deste cordial país: Avante Brasil!










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