De tempos em tempos as pessoas escolhem determinadas palavras para significar um período histórico ou um momento da vida social.
Foi assim com as palavras “progresso”, “desenvolvimento”, “ecologia” e “sustentabilidade”, por exemplo.
De outro lado, “colocação”, “com certeza”, “flexibilização” e, mais recentemente, “viés”.
Engraçado é que a maioria incorpora a expressão ao seu falar.
Ultimamente a palavra “energia” tem sido usada sob várias formas. Desde a tradicional energia elétrica, a energia das bebidas achocolatadas para as crianças, a energia contida nos alimentos e frutas – como o açaí – e, ainda, os “energéticos” para misturar às bebidas alcoólicas.
Tudo é energia. A energia pessoal, a energia da mente e a energia dos pontos no corpo humano. A energia sexual, também.
O que pode estar por trás desta incorporação mundial da palavra energia?
Consciente ou inconscientemente sabemos da importância da energia em todas as formas de vida. Desde o sol que germina as sementes na terra até o vento que impulsiona as velas no mar. Mesmo a fé é uma relação energética entre o ser físico e uma entidade metafísica.
Na sociedade global, ávida por energia para sustentar os processos produtivos e suas populações, a geração e distribuição dela é assunto estratégico.
Ao longo da História, o homem dá “saltos” quando faz determinadas descobertas: foi assim com a roda, com o fogo, com a fundição do ferro, com o motor a vapor, com a luz elétrica, com a hélice, com as asas impulsionadas por motor de combustão, com a bomba atômica e um sem número de invenções.
A cada uma delas, vai incorporando seus saberes pretéritos aos novos. E na maioria dos casos, trata sempre da energia e suas variações. A própria percepção da Terra, do ponto de vista entrópico, é uma correlação de energias.
Assim, todos os riscos e oportunidades de sobrevivência da humanidade estão diretamente ligados à energia, sob suas variadas formas.
Os processos de reciclagem são uma tentativa de reaproveitamento quase total da energia.
As hipóteses de reversão da segunda lei da termodinâmica, também: fazer com que a energia dispersa (alta entropia) volte a ser energia concentrada (baixa entropia).
A energia está nas quedas d’água, na força da ondulação dos mares, nos ventos, na insolação, nos minerais, nos vegetais e na tração dos animais. Está na mente humana. A energia está em volta de todos nós, através de nós, além e aquém de nós... O espírito é pura energia.
Quando Einstein (1905) intuiu a teoria da relatividade: E=mc2, onde, energia é igual a massa vezes velocidade da luz ao quadrado, a humanidade deu mais um “salto”.
Quando Freud (1933) intuiu a teoria das pulsões psíquicas: a vontade, o querer, a força germinativa e a origem mitológica delas, descobriu que elas eram, em sua gênese, magníficas em sua imprecisão. De novo, era a energia que estava em evidência: a energia psíquica.
Os remédios que interferem nas sinapses cerebrais, são estimuladores de energia. Assim, também, várias outras drogas – lícitas ou ilícitas.
Logo, quando se pensa na condição humana, pensamos em energia.
O ciclo básico da vida, que estudamos nas aulas ginasiais de biologia, ensina que existem os produtores (sementes), consumidores (carnívoros e herbívoros) e os decompositores (bactérias). Portanto, um ciclo fechado e contínuo de transformação de energia.
A própria morte, sob diferentes aspectos religiosos, é uma decomposição de energia. “Tu és pó e ao pó voltarás”...
Massa e ou matéria são formas de energia condensadas.
A água quando passa de um estado para outro: líquido, sólido e gasoso, percorre um caminho de formas energéticas. A composição molecular dela, dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio, H20, é uma fórmula energética.
Spinoza (1632 – 1677) defendeu que Deus e Natureza eram dois nomes para a mesma realidade, a saber, a única substância em que consiste o Universo e do qual todas as entidades menores constituem modalidades ou modificações. Ele afirmou que Deus sive Natura ("Deus ou Natureza" em latim) era um ser de infinitos atributos, entre os quais a extensão (sob o conceito atual de matéria) e o pensamento eram apenas dois conhecidos por nós.
A sua visão da natureza da realidade, então, fez tratar “os mundos físicos e mentais como dois mundos diferentes ou submundos paralelos que nem se sobrepõem nem interagem, mas coexistem em uma coisa só que é a substância”.
A substância, qualquer que seja, de novo, é energia.
Carl Sagan (1934 – 1996) quando fala da sua visão científica da Criação imagina a primeira explosão energética, formadora do Kósmos, e numa das partículas remanescentes, a Terra. E nela, a possibilidade de junções energéticas (átomos) que formaram moléculas, depois células que se agruparam em tecidos, e, finalmente corpos que compõem todo o movimento. Num destes corpos, talvez um animal aquático, células se juntaram e formaram o olho. Então, o Universo, pela primeira vez, se viu...
Em “A Pale Blue Dot”, um pálido ponto azul, a foto captada pela sonda espacial Voyager 1, em 14 de Fevereiro de 1990, numa distância de 6,4 bilhões de kilomêtros do nosso planeta, podemos ter a noção exata de que somos um micro-cosmos de energia num kósmos energético total.
Mais uma vez, uma sinfonia de energia... Que por sua vez, é uma reunião de acordes musicais que se propaga energeticamente no espaço, produzindo o som...
Finalmente, o que pode estar por trás desta incorporação mundial do conceito de energia - e a Internet que é constituída de impulsos energéticos é o melhor e mais popular exemplo disto – pode ser a solução para os problemas da humanidade ou sua derrocada.
Se daqui para frente soubermos incorporar o conceito de energia aos nossos fazeres, se soubermos redesenhar a convivência planetária sob a égide da conservação e transformação energética, é possível que possamos dar mais um “salto” no processo civilizatório e, assim, prolongar a existência humana na Terra.
Foi assim com as palavras “progresso”, “desenvolvimento”, “ecologia” e “sustentabilidade”, por exemplo.
De outro lado, “colocação”, “com certeza”, “flexibilização” e, mais recentemente, “viés”.
Engraçado é que a maioria incorpora a expressão ao seu falar.
Ultimamente a palavra “energia” tem sido usada sob várias formas. Desde a tradicional energia elétrica, a energia das bebidas achocolatadas para as crianças, a energia contida nos alimentos e frutas – como o açaí – e, ainda, os “energéticos” para misturar às bebidas alcoólicas.
Tudo é energia. A energia pessoal, a energia da mente e a energia dos pontos no corpo humano. A energia sexual, também.
O que pode estar por trás desta incorporação mundial da palavra energia?
Consciente ou inconscientemente sabemos da importância da energia em todas as formas de vida. Desde o sol que germina as sementes na terra até o vento que impulsiona as velas no mar. Mesmo a fé é uma relação energética entre o ser físico e uma entidade metafísica.
Na sociedade global, ávida por energia para sustentar os processos produtivos e suas populações, a geração e distribuição dela é assunto estratégico.
Ao longo da História, o homem dá “saltos” quando faz determinadas descobertas: foi assim com a roda, com o fogo, com a fundição do ferro, com o motor a vapor, com a luz elétrica, com a hélice, com as asas impulsionadas por motor de combustão, com a bomba atômica e um sem número de invenções.
A cada uma delas, vai incorporando seus saberes pretéritos aos novos. E na maioria dos casos, trata sempre da energia e suas variações. A própria percepção da Terra, do ponto de vista entrópico, é uma correlação de energias.
Assim, todos os riscos e oportunidades de sobrevivência da humanidade estão diretamente ligados à energia, sob suas variadas formas.
Os processos de reciclagem são uma tentativa de reaproveitamento quase total da energia.
As hipóteses de reversão da segunda lei da termodinâmica, também: fazer com que a energia dispersa (alta entropia) volte a ser energia concentrada (baixa entropia).
A energia está nas quedas d’água, na força da ondulação dos mares, nos ventos, na insolação, nos minerais, nos vegetais e na tração dos animais. Está na mente humana. A energia está em volta de todos nós, através de nós, além e aquém de nós... O espírito é pura energia.
Quando Einstein (1905) intuiu a teoria da relatividade: E=mc2, onde, energia é igual a massa vezes velocidade da luz ao quadrado, a humanidade deu mais um “salto”.
Quando Freud (1933) intuiu a teoria das pulsões psíquicas: a vontade, o querer, a força germinativa e a origem mitológica delas, descobriu que elas eram, em sua gênese, magníficas em sua imprecisão. De novo, era a energia que estava em evidência: a energia psíquica.
Os remédios que interferem nas sinapses cerebrais, são estimuladores de energia. Assim, também, várias outras drogas – lícitas ou ilícitas.
Logo, quando se pensa na condição humana, pensamos em energia.
O ciclo básico da vida, que estudamos nas aulas ginasiais de biologia, ensina que existem os produtores (sementes), consumidores (carnívoros e herbívoros) e os decompositores (bactérias). Portanto, um ciclo fechado e contínuo de transformação de energia.
A própria morte, sob diferentes aspectos religiosos, é uma decomposição de energia. “Tu és pó e ao pó voltarás”...
Massa e ou matéria são formas de energia condensadas.
A água quando passa de um estado para outro: líquido, sólido e gasoso, percorre um caminho de formas energéticas. A composição molecular dela, dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio, H20, é uma fórmula energética.
Spinoza (1632 – 1677) defendeu que Deus e Natureza eram dois nomes para a mesma realidade, a saber, a única substância em que consiste o Universo e do qual todas as entidades menores constituem modalidades ou modificações. Ele afirmou que Deus sive Natura ("Deus ou Natureza" em latim) era um ser de infinitos atributos, entre os quais a extensão (sob o conceito atual de matéria) e o pensamento eram apenas dois conhecidos por nós.
A sua visão da natureza da realidade, então, fez tratar “os mundos físicos e mentais como dois mundos diferentes ou submundos paralelos que nem se sobrepõem nem interagem, mas coexistem em uma coisa só que é a substância”.
A substância, qualquer que seja, de novo, é energia.
Carl Sagan (1934 – 1996) quando fala da sua visão científica da Criação imagina a primeira explosão energética, formadora do Kósmos, e numa das partículas remanescentes, a Terra. E nela, a possibilidade de junções energéticas (átomos) que formaram moléculas, depois células que se agruparam em tecidos, e, finalmente corpos que compõem todo o movimento. Num destes corpos, talvez um animal aquático, células se juntaram e formaram o olho. Então, o Universo, pela primeira vez, se viu...
Em “A Pale Blue Dot”, um pálido ponto azul, a foto captada pela sonda espacial Voyager 1, em 14 de Fevereiro de 1990, numa distância de 6,4 bilhões de kilomêtros do nosso planeta, podemos ter a noção exata de que somos um micro-cosmos de energia num kósmos energético total.
Mais uma vez, uma sinfonia de energia... Que por sua vez, é uma reunião de acordes musicais que se propaga energeticamente no espaço, produzindo o som...
Finalmente, o que pode estar por trás desta incorporação mundial do conceito de energia - e a Internet que é constituída de impulsos energéticos é o melhor e mais popular exemplo disto – pode ser a solução para os problemas da humanidade ou sua derrocada.
Se daqui para frente soubermos incorporar o conceito de energia aos nossos fazeres, se soubermos redesenhar a convivência planetária sob a égide da conservação e transformação energética, é possível que possamos dar mais um “salto” no processo civilizatório e, assim, prolongar a existência humana na Terra.
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