quarta-feira, 13 de julho de 2011

Um grito que não cala



A direita sempre foi insensível à desigualdade. Fez-se, ao longo da História, na exploração humana. Fosse pela escravidão pura e simples, fosse pela exploração escamoteada.

Karl Marx (1848) fez a primeira grande ofensiva ao pensamento de Adam Smith (1776).

São 72 anos de diferença. Um pulo na caminhada humana.

Hoje, os donos do capital perderam o controle sobre ele. Pulverizou, digitalizou e fragilizou. As relações entre o Estado e o capital são revitalizadas. Tanto pode comparecer uma empresa consolidada, como pode ser criada outra apenas no papel.

Roubar é o método produtivo mais rápido e lucrativo. Roubar é o supra-sumo da mais valia.

A direita sempre foi mais canalha. No mundo inteiro. Protegia interesses determinados, ampliava possibilidades e arregimentava os mais capazes para a gerência de seus projetos.

A esquerda trazia dentro de si, além de uma proposta igualitária, um sentimento de dignidade maior.

Os homens de esquerda, na política mundial, sempre foram mais admirados.

No Brasil, inúmeras pessoas, cada uma dentro de suas capacidades e entendimento, lutaram pelo fim da ditadura.

Restabelecida a democracia, em 1989, de forma plena, o país inicia sua viagem de recomposição política.

A esquerda vai tomando corpo. Vai ganhando eleições e chega ao poder.

A corrupção aumenta na mesma velocidade. Perdeu-se a noção de dignidade ou moralidade pública.

A corrupção está instalada nos três poderes, definitivamente. Está nas universidades.

É própria dos homens dirão uns.

No Brasil a esquerda nunca foi tão canalha. Superou a direita.

E brasileiros íntegros e crentes no sonho da sociedade mais justa, pagaram com suas vidas, suas carreiras profissionais, suas famílias e projetos.

A direita, capaz de qualquer negócio, deve sentir vergonha ao lavar o rosto no amanhecer e mirar-se diante do espelho.

A esquerda não consegue mais lavar nem o rosto. Nem lhe serve o espelho.

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