Os babacas
de Paris (*)
Marcos Bayer
Reunidos mais uma vez na Conferência da ONU para o Clima, em Paris, eles montam um circo cada vez mais pirotécnico. Roma e Nero ficam continuadamente diminuídos.
Começou com o Clube de Roma, em 1968, que resultou no
“Limits to Growth”. Depois no dia 5 de Junho de 1972 em Estocolmo, na Suécia.
Então, no Rio de Janeiro, a Eco-92, o último gesto do eloqüente Fernando Collor
antes da queda mortal.
E assim tem sido...
Já no começo dos anos 1980, na Califórnia, se estudava
Ecology and Politics of Scarcity do
William Ophuls. Todo o meio acadêmico alertava para as descompensações
ambientais.
E a classe política nada vezes nada. Alguns movimentos
dos “greens” na Alemanha e que aqui
no Brasil, afora exceções honestas e bem intencionadas, virou picaretagem da
braba. Inclusive em Santa Catarina.
Órgãos de controle ambiental, como a FATMA, concebida
por Alcides Abreu e criada pelo Konder Reis, em 1976, acabaram virando toca de
hienas que a “Operação Moeda Verde” demonstrou.
Para não delirar no cenário mundial, vamos pegar as
praias da Ilha que foram detonadas aos poucos sem o cuidado primário de
quaisquer dos prefeitos desta cidade. Foram acabando com nosso maior
patrimônio.
Ninguém vem para Florianópolis para ver os prédios da
Beira-Mar denominados em francês. Tais quais, “Versailles” ou “ Maison de La
Marie”.
As pessoas que aqui aportam querem saber das águas
limpas, da tainha com ova, dos ilhéus e de certo charme que existia na
arquitetura derrubada no centro da vila.
Como fazem em Curaçao, Martinica, Portofino ou
Marguerita.
Mas, lá estão, neste circo mágico do ambientalismo,
todos bradando por um mundo mais limpo e melhor, na bela Paris.
One Human
Family é o que propõem todos. Do
Barack Obama ao homem de cocar sobre os ombros do terno com gravata.
Nos últimos 50 anos governantes em todo o planeta
promoveram uma arruaça total, em Tijucas também, resultando na morte de baías,
rios e lagoas.
Tudo em nome de um progresso que concentrou renda, e
eles mesmos provam isto, aumentou a desgraça na África e a guerra no Oriente
Médio pelo domínio do petróleo.
Insanos, todos insanos.
Um milhão de dólares já não contenta nenhum deles.
Aqui no Brasil querem vários milhões e roubam dos cofres públicos porque não
têm talento para nada, a não ser roubar.
Olhem para a cara deles. Olhem suas expressões
faciais. Olhem como são mórbidos...
E só bebem whiskey para poder amortizar a dor e
a vergonha de roubar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário