W.M.Bayer
Marcos Bayer
Dia 14 de Março,
próximo, fará 46 anos que WMBayer morreu em acidente na BR 101, aos 38 anos de
idade, ali perto do Posto do Holandês. Era na tarde de um domingo...
Lembrar dos nossos
queridos é parte da condição humana. Mas, na dor da ausência, na aguda dor da
ausência, fica sempre um exemplo, um gesto, um grito e um pedaço do ser humano.
WMBayer foi criado e
forjado em Tijucas. E trazia dentro dele toda a grandeza de uma pequena imensa
cidade de um dos vales mais lindos desta Santa Catarina.
Com apenas 1,68 metros
de altura foi campeão de salto (em altura) no Colégio Catarinense, em
Florianópolis, numa turma em que foi colega do Senador Jaison Tupy Barreto,
entre tantos outros ilustres barrigas-verdes.
Explodia em alegria,
otimismo e vontade. Inteligência nunca lhe faltou. Determinação, também não!
Aos 33 anos, como
Presidente da Confederação Nacional das Empresas de Crédito – CONTEC, no Rio de
Janeiro, condenou o Decreto-Lei n° 72, de 21 de novembro de 1966, que reuniu os
seis Institutos de Aposentadorias e Pensões no Instituto Nacional de
Previdência Social – INPS.
Sem medo, em pleno
regime militar, disse ao Ministro do Trabalho e Previdência Social Jarbas
Passarinho, em sua sala de trabalho, no centro do Rio, sob as luzes do Jornal
do Brasil e da imprensa brasileira, que aquele decreto aniquilaria os
institutos de previdência já organizados, como o IAPB, dos bancários, e
nivelaria por baixo a previdência nacional.
Foi ameaçado pela
ditadura, resistiu em público e continuou sua luta sindical até retornar para
Santa Catarina e começar a construção de seu sonho familiar em Tijucas.
Naquele domingo de
tarde, em 1971, morreu...
Faço esta pequena
digressão porque estamos vendo, agora, a destruição final da previdência
pública no Brasil, sob o argumento de que está falida.
Quem a fez falir?
Estes nossos
representantes que ganham R$ 34 mil mensais, mais R$ 97 mil de verbas de
gabinete e mais compensações para almoçar, abastecer seus veículos, imprimir
suas correspondências e remetê-las pelos correios?
Ou foram seus
sonegadores, seus abutres internos, seus operadores inescrupulosos ou seus
ladrões capacitados?
Que tipo de homens nos
governa hoje? Pigmeus de caráter?
Que tipo de homens
governará o Brasil de amanhã?
Entre as dúvidas e a
saudade, deixo aos meus apenas o exemplo de meu pai, W.M.Bayer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário