sexta-feira, 20 de maio de 2011

Dispersão silenciosa



Os átomos se juntaram, formaram células que formaram tecidos, daí nasceram os corpos e deles o movimento. Fez-se a vida. Ela expandiu-se sobre o planeta. Ao longo da evolução do cérebro, aumentava a necessidade psíquica de uma explicação sobre a existência, a desgraça e o prazer. Em cada fase da aventura humana procurou-se uma teoria ou explicação. Do Budismo ao Espiritismo. São inúmeras religiões, da católica à islâmica. Todas elas baseadas na esperança, na aceitação e na fé.
Neste inicio de milênio, apenas alegórico, pois o tempo é um continuum, é possível constatar uma nova relação entre os homens: O contato virtual. Redes de relacionamentos que aproximam pessoas e resgatam antigas amizades, promovem o comércio de sushi e até o sexo frio.
De um lado uma ferramenta de trabalho cada vez mais completa, de outro uma máquina de criação de fantasias e repassadora de e-trash. O computador foi uma solução encontrada, talvez por acaso, para gerir as necessidades da explosão populacional. Nos últimos 50 anos passamos de dois e meio para sete bilhões de pessoas.
O Google passou a ser o grande dicionário, multi língua, fonte de pesquisa de todos os temas. Nossa biblioteca planetária. Alexandria internacional.
Ora conclama e organiza movimentos como aconteceu no Egito, recentemente. Depois, afasta os homens conectados na solidão dos teclados.
Não estamos longe do momento em que teclaremos a palavra “Deus”.
E neste dia o computador responderá: “Entidade criada pelo ser humano para suportar sua existência”.

2 comentários:

family group disse...

Magnífica visão dos tempos cibernéticos. Ainda resta a esperança de que o "bicho homem" exerca outras formas de CONVIVÊNCIA e AMIZADE. Este seu texto enseja um universo de reflexões e "insghts". Valeu!
Abração do
Francisco Cunha

fernanda lago disse...

Concordo plenamente.mas será que usarei esta tecla???
grande abraço!
Fernanda