sábado, 28 de maio de 2011
Das letras que arrepiam
Escrever é a capacidade de reunir palavras de tal forma que provoquem emoções. Não se sabe dizer de onde elas nascem, mas provavelmente a emoção é resultado de conclusões que brotam dos registros gravados no tecido cerebral.
O fundamental é ter habilidade para expressar sem pincel, nem tintas, sem instrumentos musicais, nem voz ou sem fotogramas um filme colorido na cabeça do leitor.
Os mestres são capazes de contar numa centena de páginas uma revolução, paixões caleidoscópicas, crimes desvendados e até a luta entre um peixe e um velho e o mar.
O texto que não conseguir transportar aquele que o lê para o cenário onde acontecem os fatos, não tem valor.
O escritor, mais do que o orador de qualquer tribuna, é um grande administrador. Passam por sua mente infinitas idéias sobre milhares de temas. Ele tem que selecioná-las, compô-las e grafá-las, ou como se diz modernamente, fazer um down load delas:
Tua boca vermelha, teu cheiro de mulher, teu ventre macio, teu riso, teu gosto.
Olhares de fogo e paixões vulcânicas...
Larvas quentes que amornam meu peito
E correm sobre meu corpo embrulhado pela tua carícia úmida
De um corte rubro que protege o fruto do prazer...
Não sou suficiente para conter o que sinto
E sou pequeno diante da dor
Não tenho estrutura para compreender o mundo
Apenas ator daquilo que sou
E vivo inconstante entre o riso do alívio
E o choro do pavor.
Não há que ter rima
Apenas ânima e sabor.
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