domingo, 5 de junho de 2011

Coma, mas não trague...



Não sabemos exatamente como nossos antepassados começaram a comer e o que comiam. Aliás, não sabemos muito sobre nossos antepassados. Tudo indica que um primata, comendo o que estava à sua volta, começou a levantar-se até chegarmos ao homo sapiens, nós.
Neste processo, a alimentação foi fundamental para nosso desenvolvimento como espécie. Coletando frutas, sementes e caçando animais vertebrados para comer a proteína da carne, provocaram-se alterações nas arcadas dentárias e na forma do corpo humano, em razão destas dietas.
Nas civilizações orientais os hábitos alimentares diferem das preferências ocidentais.
Alguns cientistas atribuem a expansão da massa encefálica, o aumento da capacidade sináptica e, conseqüentemente, da Inteligência humana, à ingestão da carne.
O homem, também, sempre se movimentou. Corria ou andava, procurando ou fugindo dos animais e como forma de deslocamento. Remava ou nadava, para chegar a algum lugar. O cavalo, especialmente, e as velas, secundariamente, foram as primeiras “máquinas” de auxílio à mobilidade do ser humano.
De repente, a partir do século XIX, surgem: A locomotiva, depois o automóvel, o ônibus e o avião. Paralelamente aos novos meios de transporte, a humanidade experimenta a experiência de 1 bilhão de pessoas (1850) e, cem anos depois, 2 bilhões de pessoas (1950). Aí, claro, surge uma necessidade de produção de alimentos em larga escala, e com a descoberta da refrigeração, nossas geladeiras podem armazenar comida por mais tempo, aumentando a perenidade das verduras, frutas, carnes e laticínios e sucos.
Mas, neste surto de descobertas, a química também se apresenta. Ela vem para atuar na medicina e na conservação da vida. O leite que está na caixa de papelão revestida de alumínio, os sucos de frutas, as geléias e um rol de alimentos já não são mais naturais. Os conservantes, acidulantes e similares integram a dieta humana, hoje com 7 bilhões de consumidores.
No bojo deste processo de industrialização alimentar, surgem os movimentos macrobióticos, veganos, naturalistas, orgânicos e derivados.
Agora, como se não bastasse o banquete dos famintos, surgem os pepinos europeus e suas amigas bactérias.
Portanto, se você for comer alguma coisa, não trague... Pode fazer mal à saúde.

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